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N​ã​o Houve Amanhecer

by Não Houve Amanhecer

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Spectral Void
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Spectral Void Another awesome release to add at Nuño's musical pantheon! As I am kind of a "straight forward BM" listener, this album ticks all my boxes. Rollercoaster BM madness! Full support! Favorite track: Não Houve Amanhecer.
Turd Ferguson
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Turd Ferguson Is it even possible for Nuno to release anything that's less than stellar? I think not.
Hayduke X
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Hayduke X Swarming avant-bleakness in black metal form. An assault of aggression. Favorite track: Peste, Abençoada Peste.
bcb723
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bcb723 Não Houve Amanhecer is the most aggressive and emotionally kaleidoscopic entry in Nuno's growing number of projects (O-Nun, Salqiu, Thermohaline). This one hit me differently though - its anger, loss, pain and frustration are conveyed through heavy, complex dissonance matched with muted acoustic guitar and spooked spoken words. Sometimes jarringly so but that's the point, right? That's how life can be. Don't come here looking for a party, this genius shit is the dark and lonely drive home. Favorite track: O Século da Morte.
YomaBarr
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YomaBarr And now, at this moment in time, all raw BM bands all over the world cower in fear, bathe in ash, dig their own graves and soil each other in unison. KILLER! And the 2022 list contender of course.

But in fact, if this is raw I'm the Queen of England. This is complex as all f. And wild. And untamed. And incredibly emotional. Left me drained, tbh.

edit next day
unholy gods of the underground, what an album...
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1.
Sonho o meu infortúnio Porque a dor me engole inteiro É uma das poucas coisas que posso ver Cresce dentro de mim Consome o meu âmago Como uma doença Descontrolada Perdi o controle a vida não é minha para segurar Um dia todos morreremos Os dedos da morte alcançam e ninguém se pode esconder Eu me agarro ao infortúnio porque em minha mente: escuridão O mundo nunca foi fácil Mas morrer sim A vida é bem mais difícil A inocência se foi Para sempre sabendo disso O amanhecer se foi E eu fui embora com ele Já não fingimos estar vivos Mesmo no suicidio Sei que morto já estou Dentro de mim escuridão Solidão Podridão Escuridão
2.
E a morte ganhou o seu domínio. Eu homem morto, nu, com a morte serei um Quando meus ossos retirados e limpos Com o tempo desaparecem, E a morte ganhou o seu domínio. E a morte ganhou o seu domínio. A morte terá estrelas nos ombros e nos pés; Embora o homem enlouqueça, a morte é sã, E afundando no mar, não mais se levantará; E a morte ganhou o seu domínio. Sob os meandros do mar Mesmo desmentindo a morte, morrerei ao vento; Torcendo-me no chão quando os tendões cedem, Preso a uma roda eterna, que não se quebra; A fé em suas mãos se partirá, E os males prevalecerão; E a morte ganhou o seu domínio. Não mais podem os sonhadores chorar em seus ouvidos. Onde uma flor cresceu, nenhuma mais nascerá A fé em suas mãos se partirá, E os males prevalecerão; Levanto a cabeça aos golpes da chuva; Embora esteja louco e morto, As noites permanecem eternas, não houve amanhecer não houve amanhecer O Sol se pôs, para sempre E a morte ganhou o seu domínio.
3.
Em nossos lábios, em nossos pulmões há poeira E quando pensamos que estamos voando cada vez mais alto A poeira nos persegue , ociosos ou esquecidos Não nos limpamos antes de cada partida.  Tão sem teto quanto no início, No século da morte  Nossas casas desabam antes de concluídas, sem mil anos para aguentar nossa raiva, E culpamos o infortúnio Enquanto destruímos as fundações da Terra.  Tão sedentos quanto no início, No século da morte   Com nossos lábios secos e enrugados com bolhas Nós secamos as fontes de vida uma por uma, Implantando em seu lugar Fontes de sangue, fontes de fome.  Tão ignorantes quanto no início, No século da morte  Como vírus em toda parte Não seremos em lugar nenhum, No século da morte  O peito doi, a pestilência abunda O sol encobre, o gelo derrete E afundamos na riqueza de alguns As fundações de todos No século da morte
4.
Nós assombramos as florestas e prados. O mal nos homens, Persiste nos recantos .... da floresta que habitamos da cidade que definhamos, e que suspiram em uníssono: "Amaldiçoado sejas. Que a peste te abençoe!". Todos os livros em vão. Todas as orações não estão lá. Infetado por dentro! Um estigma, o plano está completo. E eu durmo no herdar das almas perdidas, Cujas orações não salvarão. Devias gritar de dentro e por dentro. Assombrado sejas, quem me amaldiçoou! E eles purgaram seus anjos. E convocam seus demônios. O nosso exorcismo falhou. Abençoada Peste! Ramos danificados, no jardim da miséria dobram essas máscaras de sussurro mecânico; quem vai lá? Feridas de cemitério enquanto cadáveres de madeira verde florescem uma gárgula sob esta tumba, e flutua com o Ceifador. O jardim queima no despertar do vidro rompido, montra gigante na morte da sociedade que estranha Enquanto a Peste se entranha. Espinhos dançantes com cérebros translúcidos na floresta que ri, O adeus ao jardim nas chamas da certeza de um fim. Mais cadáveres choram noite adentro, num pranto de anormalidades mórbidas; O final em seu trono alto, dançando com uma vara enquanto se prepara para a dissecação do homem. Abençoada Peste! Cadáveres de prata em tom sépia, exposições de bebês em túmulos de berço escondidos sob o manto em úteros de permafrost Quando a primeira respiração está tão perto da última, E a lua nasce cheia, depois vira azul em tom jocoso A epidemia cavou milhões de buracos, Cujos números invisíveis incluem o teu. Afastem-me deste mal-estar húmido, Levem-me aos campos de jasmim onde flores silvestres se espalhavam. Cheio de amanheceres de orvalho fresco Pleno de misericórdias matutinas. No fim Abençoada Peste!

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released January 28, 2022

Inepto - tudo, acerca do fim

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Não Houve Amanhecer Aroeira, Portugal

Acerca do retorno ao nada...

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